1712, Rafael Bluteau, “PIPARÔTE”, in Vocabulario portuguez e latino... autorizado com exemplos dos melhores escritores portugueses, e latinos[1], Coimbra: Collegio das Artes da Companhia de Jesu, archived from the original on 13 September 2018, page 522:
PIPARÔTE, ou Paparote. O golpe que ſe dá no roſto de alguem, ſoltando com força o dedo mayor do dedo pollegar.
Então, formando chave, os três dedos penteavam a trunfa do chinó, e beliscando rápidos a ponta da língua que o fungo nasal espremia na boquinha, esfregavam as pontas para arredondar a clássica bolota, que voava pelos ares com um piparote da unha mestra.
1881, Machado de Assis, chapter XXXI, in Memórias Póstumas de Brás Cubas, page 109:
Esta última ideia restituiu-me a consolação; uni o dedo grande ao polegar, despedi um piparote e o cadáver caiu no jardim.
Triolé — pega estes zotes / E dá-lhes de baixo acima / Preso ao trapézio da rima / Na mais artística esgrima / D’estouros e piparotes, / Preso, ao trapézio da rima / Triolé — pega estes zotes.
1986, Philippe Ariès, “O Traje das Crianças”, in Dora Flaksman, transl., História Social da Criança e da Família, 2nd edition, page 73:
“Imaginem portanto Frandon entrando na classe, com as ceroulas saindo por baixo de suas calças até os joelhos e descendo até os sapatos, o vestido colocado torto e a pasta embaixo do braço, tentando dar uma fruta podre a um e um piparote no nariz de outro”.